sexta-feira, setembro 06, 2013

Brasil - O País da mente Curta



O brasileiro tem uma forma única de pensar como qualquer povo ou nação do mundo em suas particularidades. E uma de nossas muitas características está no estabelecido e inconsciente paradigma do curto-prazo. O psicólogo e professor de Stanford, Philip Zimbardo, explica a origem desse "feature" da mente humana, presente no Brasileiro com razões que tem que ver com o clima tropical de nosso país.

Explicações à parte, essa característica não é lá muito boa. Sim, tem suas vantagens, entretanto o que realmente importa não é reconhecer no que acertamos, mas no que temos errado. E o fato é que esse pensamento de curto-prazo nos custará o, "longínquo", "imperceptível" e ignorado, longo-prazo. O futuro do brasileiro está em cheque.

Somos o povo do "Aqui e Agora" (sem trocadilhos). Do carnaval que gasta milhões em nome de uma festa pontual. Cultural sim, mas ainda uma festa. Estamos mais preocupados com o que vai mexer com o nosso presente e não com o que afetará o futuro. Votamos em quem nos beneficiará "agora". E se não achamos que qualquer político será capaz de me ajudar "já", talvez não valha a pena votar em nenhum, ou em qualquer um.

Há de se notar no entanto, que essa valorização do curto-prazo é o resultado de uma mente que na verdade privilegia a curta distância, seja do tempo, ou do espaço. Digo, queremos encurtar a distância daquilo que nos beneficiará. E isso também faz com que minhas escolhas sejam bairristas e em conchavos. É a velha Lei de Gerson. O antiquíssimo egocentrismo. Visto que o prazer só pode ser vivido no presente (agora), abortamos o nosso futuro em nome do que me privilegiará "já". Sendo assim, quem tem bolsa-família tem seu voto cativo e certo. E como diria um chegado amigo: "Votar diferente conflitaria com os seus próprios interesses".

Outra evidência clara desse pensamento é que saímos para as ruas por causa de 20 centavos (eu sei, não são os 20 centavos, mas aquilo que ele representa e tal...). Mas esses 20 centavos representam um ultraje diário, presente, de 40 centavos. Isso é enlouquecedor para nossa mente de curto-prazo. Perceba que a violação ultrajante e absurda de nossa soberânia nacional com a invasão da privacidade e segurança da informação de nosso país não atrai interesse algum da população. Se o presidente americano pode ler os SMSs de nossa presidenta, isso parece não importar à essa mesma população que saiu às ruas. No longo prazo o grande perigo não está nos 20 centavos, mas foi por isso que lutamos. E aos defensores de que os 20 centavos são um mero símbolo da insatisfação popular fica a reflexão automática de um movimento que cessou, enquanto nossas inquietações e insatisfações ainda não.

O "Pão e o Circo" nos caem tão bem pela mesma razão. Ambos são eventos do "agora" e nos satisfazem mais do que uma luta prolongada e "incerta" (certamente incerta para mentes curtas) a favor de uma reforma política, educacional, tributária, de infraestrutura e etc... Ah, infraestrutura é outra prova do nosso pensamento curto. Todo ano o IPI é reajustado a favor do consumo e da industria ao mesmo tempo. Enquanto mais carros são fabricados e vendidos, menos infra-estrutura temos para utilizá-los ou mesmo fazer crescer nossa produção industrial. E parece que ninguém em lugar nenhum está preocupado com isso. A produtividade e a qualidade de vida em São Paulo caíram vertigionsamente nos últimos 6 anos por exemplo, e absolutamente nenhuma solução foi pensada para o problema de infraestrutura e transporte do país.

Focamos em Copa do Mundo, Olimpíadas, Eleições, Carnaval, Fim de semanas, feriados, férias e assim nossa vida caminha motivada por marcos do curto-prazo. Não é a toa que nossa economia é e sempre foi uma bolha. Em alguns momentos, nos pareceu uma bolha bem estável, mas que cedo ou tarde alcança o seu patamar de instabilidade. Nós compramos tudo a prazo. A capacidade de compra do brasileiro é uma ilusão do poder de comprar que o crédito nos oferece. Pagamos mais juros do que em qualquer lugar desenvolvido do mundo. Somos os grandes pagadores de juros. Porque não conseguímos guardar para o futuro, aliás, nem podemos. Porque se formos guardar para gastar mais tarde, não viveremos, porque acumulamos muito pouco. Ai sim, podemos ver o verdadeiro poder de compra do brasileiro. Quase nenhum. Pagamos mais impostos do que podemos poupar. Então recorremos ao crédito. Ao prazo. "Beneficío já, responsabilidade depois, ainda que me custe muito mais!" Essa bolha vai estourar bem mais cedo do que imaginamos. Porque continuamos consumindo bem, o que nos faz um dos paises que mais cresceu nos últimos anos. O que não estão considerando é que a maior parte desse consumo foi no crédito, e isso cobrará com juros as suas consequências num futuro que eu queria não estar aqui pra assistir. A verdade é que quando o crédito cobrar sua dívida até a última parcela, perceberemos que ficamos não tinhamos o dinheiro para sustentar tanto consumo, e os produtos "já" comprados estão obsoletos no dia de sua quitação. O cerne de nosso pensamento está exposto nesse hábito tupiniquim de comprar a prazo. De todos os países que passei e conheço, apenas o Brasil compra e vende a juros. Basta tentar parcelar uma compra internacional, que voltamos revoltados, com a impossíbilidade de parcelamento.

Eu vou terminar por aqui, porque o brasileiro não consegue ver vantagem em gastar tanto tempo lendo qualquer texto longo que seja. E eu já estou abusando nesse determinado momento. E como todo brasileiro, eu também sou adepto deste vicio de pensamento, preciso mudar isso... "já"! Antes que este presente oblitere completamente o presente que está no futuro.

domingo, agosto 04, 2013

Eternidade à Prova de Falhas


Fail-proof é uma palavra difícil de ser traduzida ao pé da letra, mas vamos tentar. É um termo utilizado para coisas ou situações à prova de falhas. Define normalmente alguma coisa que está preparada para suportar qualquer adversidade que possa existir sem fazer concessões a qualquer falha ou possibilidade de erro. Poucas coisas nesse mundo são realmente "Fail-proof", por isso é até difícil citar exemplos.
Uma coisa que eu sempre me perguntei foi: Como Deus pretende manter a liberdade por toda a eternidade e ainda assim o pecado (ou o erro) não retornar a nossa realidade? Como Deus fará para impedir seres livres de escolherem errado mais uma vez?
Sempre respondi a essas perguntas com duas lógicas. Primeiro, quando pecamos pela primeira vez, o mal não passava de um conceito abstrato do qual não conhecíamos as consequências. Hoje, ainda podemos conceituá-lo, mas conhecemos bem a sua forma tangível. Concreta. Fatal. E muitas vezes, irreversível. E esse conhecimento terrível, permitirá que seres humanos, devolvidos ao total controle de suas liberdades (perdemos esse controle no Éden após a queda), decidam-se livremente por jamais retornar ao erro, pecado, distanciamento de Deus (escolha uma definição, trata-se da mesma coisa). 
A segunda lógica, é que uma das mais terríveis consequências de nosso erro, foi perpetrado sobre o próprio Deus. Quando Jesus morre na cruz para nos salvar da nossa condenação, somos tomados de assalto por um duplo espanto. 1) O que fizemos com Deus. 2) O que Deus fez por nós. Penso que esse é o real motivo pelo qual o "mal nunca mais se levantará" (Naum 1:9). É também o melhor motivo. Visto que o primeiro repara apenas no que o mal causou a mim e o segundo repara no que o mal causou a Deus. O primeiro espanto é egoísta, o segundo é altruísta. Somos conduzidos pela reflexão na cruz do EU pra DEUS. Por isso, quando reparamos no que o mal causou em Deus, o que fica realmente, como palavra final, é o que Deus foi capaz de fazer por nós. O amor rouba a cena que o pecado dirigiu. 
Com isso eu concluo que Jesus Cristo é a trava de segurança da eternidade, o "mecanismo" que garante que o céu será à prova de falhas. E é por isso que a mais importante das transformações é sermos transformados em pessoas que "negam-se a sí mesmos" (Luc 9:23) e "amam a Deus de todo o seu coração". Por isso o que realmente importa é desenvolver uma profunda fidelidade a Deus. A mais importante decisão é essa. Quem vive assim está pronto para o céu. Quem vive assim tem o direito de receber de volta sua liberdade perfeita. Quem vive assim, ama. Somente pessoas assim podem construir a sociedade eterna. A sociedade do céu. 
O que garante de verdade que a eternidade será perfeita e sem falhas, são seres livres que amam a Deus de todo o seu coração e não colocam seus próprios interesses no caminho. A presença dAquele que é amado por todos é o último e único argumento necessário para o completo bloqueio da re-entrada do pecado.

Enquanto Jesus for eterno, eterna será a Paz. E Jesus é eterno. O Fail-proof é eterno.

Esse conhecimento afeta minha vida agora. Hoje não podemos ser perfeitos, mas quanto mais amarmos a Jesus de verdade e de coração, quanto maior for a nossa fidelidade e dedicação a Ele, e quanto menos priorizarmos o nosso eu, mais iremos acertar. Mais paz já iremos sentir. Menos erros nos acometerão, porque Jesus é nossa motivação absoluta.
Toda vez que eu me nego e o amo mais, preparo meu caráter para um vida eterna.
Jesus é nossa segurança! Ele é a nossa cura.

quarta-feira, julho 04, 2012

E Se A Eternidade Já Começou?



Eu sempre acreditei, e acredito que não estava sozinho nisso, que ao chegarmos ao céu nossas vidas seriam zeradas. Sim que a história da minha vida seria re-escrita, começando novamente. Como se todo o passado fosse apagado e agora uma folha em branco me fosse dada para começar minha nova vida celestial. Esse pensamento era proveniente da ideia de que no céu não haveremos de ter lembranças da Terra.  Sofreríamos uma espécie de amnésia celestial. Uma espécie de lobotomia divina capaz de nos fazer esquecer o mal que vivemos e causamos nesta Terra. Um reboot.

Entretanto, descobri com o tempo e a Bíblia que esse pensamento estava muito errado. Percebi que a manutenção da liberdade por toda a eternidade e a ausência, também eterna, do mal só poderiam ser consequência de uma vida que lembra sim, dos efeitos da maldade. A completa aminésia do período terreno apagaria toda a experiência que obtivemos neste mundo caído. Que por pior que seja, guarda recordações imprescindíveis como o fato de termos estado terminantemente perdidos, e termos sido salvos pelo próprio Deus. Cuja salvação se processou com a morte substitutiva de Sí mesmo pela raça caída. Perderíamos a visão impressionante dos livramentos que Deus nos deu aqui. Da maneira como nos perdoou e esqueceu as maiores atrocidades que cometemos. Esqueceríamos que passamos pelo vale da sombra da morte, mas Ele estava conosco e que mesmo em meio a lama do pecado Ele veio aqui nos resgatar dessa condição. Sem a experiência terrena a canção dos santos não teria sentido e nos esqueceríamos que digno é o Cordeiro que foi morto pela transgressão de muitos. 

Com isso em mente eu percebi que a eternidade já começou. Percebi que minha experiência na eternidade já está sendo construída nas escolhas que eu já estou fazendo. Que minha vida não sofrerá um reboot. Pelo contrário, no céu eu dependerei daquilo que eu vivi aqui. E minha vida lá terá consequências baseadas no que eu já faço com minha vida agora. Isso mexeu muito comigo. Isso significa que meu legado já começou. Meu legado eterno. O que eu faço aqui vai me acompanhar pelo resto da eternidade. Ficarão no registro de minha experiência com quem me casei, meus filhos, como os tratei, minhas amizades, as escolhas que fiz aqui na Terra, o caráter que construí, o bem que eu fiz e até o mau que causei. Quer um exemplo? Paulo. 

O personagem bíblico Paulo, nunca teve a sua faceta “Saulo” apagada. As mesmas escrituras que registram Paulo como um servo de Deus obstinado na pregação do evangelho e um homem que sofreu grandemente pelo Senhor, também registra sem dó nem piedade que este também foi um perseguidor da igreja, responsável pela morte de verdadeiros fiéis de Deus. A Bíblia não esconde que ele compactuou com a morte do santo Estevão, e que ele “respirava ameaças de morte” contra os santos. O próprio Cristo lhe diz sem rodeios, “Você me persegue”. Um registro que se eu fosse Paulo gostaria que fosse esquecido. Pense em quem Paulo era no fim de sua vida. Respeitado, amado, admirado, ele simplesmente não precisava desse tipo de “publicidade” que se lembrava de dizer em alto e claro tom o que ele tinha feito contra Deus, como perseguidor e aliado de satanás cuja mão repousava o sangue de santos e fiéis. Pessoas menos inteligentes e estudadas que ele, mas que no entanto, estavam do lado certo da batalha antes mesmo que ele pudesse perceber com toda a cultura e pompa que tinha que lado estar. Podíamos ter ficado apenas com a imagem do Paulo teológicamente profundo, o admirável homem de dores, que sofreu pelo Senhor com glória. Que testemunhou a sábios e filósofos, reis e mercadores (empresários), um homem integro, fiel, amável, querido. Afinal, não é assim que gostamos que nos pintem?

Entretanto a Bíblia é de implácavel transparência e o próprio Paulo também.  Ele não esconde que era perseguidor. Não esconde que já esteve do lado errado da batalha. Ele assume o que era e quem se tornou. Seu legado é esse. E no céu, Paulo continuará sendo o Ex-Saulo de Tarso, ex-perseguidor da igreja. O convertido. Essa é sua experiência e tudo o que ele sabe a respeito de Deus foi percebido nessa vida por meio dessa condição. Por todo infinito ele pregará sobre o amor de um Deus que levou ao céu e a eternidade aquele cuja vida, ceifou a de outros que agora também habitam a eternidade. Vejo Paulo ao lado de alguém como Estevão. E como uma cena dessas diz muito sobre o amor de Deus!  A parte ruim da vida de Paulo ainda está e permanecerá registrada, e isso será benção e não maldição. Entretanto, o fato incontestável está. Nossa experiência eterna já começou. A vida que vivemos agora é parte da vida que teremos pra sempre.

Como isso é forte. Há muitos outros exemplos como Davi, Moisés, Elias, o ladrão da cruz e todos os outros. Isso nos faz pensar: Como são profundas as escolhas que eu já estou fazendo! Meu legado já tem uma parte escrita. O que eu continuo a construir nele? Cada escolha é importante se todas elas são eternas. Quando eu chegar a eternidade que história vou contar? Que experiência eu vivi aqui? Seja qual for, que ela seja construída com a ajuda de Deus. Que Ele seja a inspiração de suas escolhas. Porque o objetivo desta reflexão aqui é esta: apresentar o peso profundo e eterno de todas as nossas decisões. 

Se você está esperando a eternidade chegar, a novidade é essa, ela já começou para todos nós. Então que O Eterno seja a inspiração da sua vida, do seu legado.

sexta-feira, junho 15, 2012

A Coroa, O Trono e O Servo


Já se perguntou porque em todas as culturas os reis se assentavam em tronos? Quem ensinou as mais antigas e variadas culturas que há um lugar especial para os reis? Os reis poderiam usar outras formas. E é de se admirar, no entanto, que todos eles usassem a mesma forma de simbolismo para o rei, o trono e a coroa. Alguns estudiosos da teologia enxergam esta como uma reminiscência pré-Edén. Uma das coisas que sobraram na cultura humana depois do breve convívio com Deus e o Edén, seguindo-se a criação. Faz muito sentido em vista do uso deste costume nas mais antigas culturas e de sua presença  em quase todas, mesmo não havendo contato algum entre algumas delas. 

Entretanto, sendo uma influência do Céu ou não. Cabe aqui a reflexão, pra que serve uma coroa e um Trono? Parece óbvio que um trono só pode ser sentado por uma pessoa. E o que se senta no trono desponta sobre todos os outros, posicionando sobre eles e destacando que entre todos os presentes daquela comunidade aquele é alguém diferente, destacado, importante, principal, rei. Portanto, parece que o trono serve pra separar e destacar uma pessoa das demais. Mas como fazer isso se ela não estiver perto de um trono que não pode ser levado a qualquer lugar? Ai entra a coroa. Uma coroa leva o efeito do trono aonde o rei estiver. É um simbolo da realeza e da importância sobre todos os outros seres “normais”. 

Hoje em dia nos parece que esses simbolos seriam desnecessários. Afinal de contas, basta reconhecer quem é o rei e pronto, não nos esqueceremos mais disso. Não necessitamos do brilho dourado de uma coroa incidindo sobre nossos olhos para reconhecermos alguém rei. Nem de um trono pomposo para chegarmos a mesma conclusão. No entanto, o céu, um ambiente perfeito faz uso desses simbolos. Faz algum sentido, quando o que se assenta no trono é Deus?

Acontece que uma das características que herdamos de Deus quando fomos criados é a de nos adaptarmos a todas as situações da vida. Por isso um jovem apaixonado tem o seu coração palpitando mais forte, as mãos suando frio, a adrenalina no sangue, as pupilas dilatadas e ainda outros sintomas de nervosismo quando está perto da moça amada. Ela nem precisa fazer nada, basta aparecer perto dele. Porém, quando casado com a mesma moça, após alguns anos, ela o chama para a sala de casa, e quando ele chega lá, suas pupilas não dilatam, ele não recebe uma descarga de adrenalina, nem mesmo de endorfina, suas mãos não suam e seu coração não muda o batimento cardíaco. Tudo é muito normal e aquela paixão já não tem mais o mesmo efeito. Embora ele ainda ame a mesma moça. Nós nos adaptamos e nos acostumamos com tudo. E isso é muito bom. Se a moça em questão continuasse por toda a vida gerando nesse rapaz as mesmas reações intensas constantemente o relacionamento seria desequilibrado. O rapaz idolatraria a moça. O resultado seria uma devoção doentia. A beleza do amor, está em ser mantido mesmo com a ausência destes desejos da paixão. O amor incondicional só pode ser reconhecido quando não está condicionado a nada. 

Voltando dessa digressão; o mesmo ocorre no céu. Não é de se admirar que o anjo por quem entrou o pecado fosse o anjo mais próximo de Deus e de Sua Glória! Se fosse um anjo “qualquer”, um anjo na multidão, eu acharia estranho. E é exatamente por estar do lado de Deus, por se acostumar com a presença de Deus, por permitir que o Divino se torna-se comum aos seus olhos que ele ousou desejar ser mais do que era. Não é atoa que Jesus tem de ser reafirmado como Filho de Deus e portanto Divino também. Porque o convívio com Jesus pode ter deixado as coisas comuns. Isso nos diz duas coisas sobre Deus. Primeira, Ele quer ser muito próximo de nós. Comum a nós. Entretanto, a manutenção de simbolos como o trono e a coroa, nos dizem a segunda coisa a respeito de Deus: É importante para nossa própria segurança (e do universo) nunca nos esquecermos quem é o Rei do Universo! Por mais próximo que Ele seja de nós. Forças opositoras ao divino Rei só nos trouxeram dor, sofrimento e morte. É tão importante quanto ter um pai ao recém-nascido que criaturas compreendam que há um Deus Criador no trono do Universo. É por isso que no meio de tudo haverá um inconfundível, incontestável, Trono fulguroso.

A coroa e o trono de Deus são a nossa garantia de que Ele poderá ser muito próximo a nós sem que nos esqueçamos quem Ele é. Deus não quer ser distante, Ele é o Rei, mas quer ser o amigo, o Pai, o irmão, o próximo, o íntimo. Então você pode perguntar, mas havia um trono e uma coroa no tempo da traição de Lucifer, e isso não o impediu. E você tem toda razão. Porque o trono e a coroa apontam o Rei, mas ainda é necessário mais um simbolo. Ai está o problema e a limitação da coroa e do trono, não revelam nada sobre o caráter do rei. Dai a necessidade de um outro simbolo. E as feridas nas mãos e pés de Jesus são nossa garantia de que não nos deixaremos esquecer que morto foi o Rei para que estivéssemos tão perto dEle. Que a proximidade foi demonstrada quando ainda estávamos distantes. Não seremos capazes mais de esquecer que o Rei foi também o Servo. Que desceu a nossa estatura, sem perder a própria, para nos olhar nos olhos. Que Serviu-nos como justo e foi condenado como um injusto, para que fossemos próximos eternamente. As marcas também garantirão que não esqueçamos que digno de ser Rei sobre o Universo é Aquele que embora Rei, permitiu-se uma coroa de espinhos por amor a nós. E por mais próximo que Ele for de nós por toda a eternidade, jamais nos esqueceremos que O Rei é o maior de todos os servos. Esse é o Seu caráter! E digno de todo louvor para sempre!

segunda-feira, fevereiro 13, 2012

O Bom da Pirataria



A luta contra a pirataria é mais do que justa. Proteger a propriedade intelectual é assegurar a continuidade de produção da mesma. E ninguém quer que bons conteúdos, boas ferramentas, bons entretenimentos e tudo que tem sua origem primária na produção e arte humana deixe de ser continuamente produzido. Sou a favor do fim da pirataria. Sou contra o roubo de propriedade intelectual.

No entanto, cabem algumas considerações.

Quem pode impedir e controlar o esforço megalomaníaco e rolo compressor de um esforço capitalista de lucro? O que pode ser feito para impedir um homem de lucrar mais do que o necessário? O que pode impedir alguém de obter lucros indevidos e absurdos? Afinal, o que são lucros absurdos?

Considere que na economia não existe lucro sem prejuízo. Exato, não é possível que alguém lucre sem prejudicar outro. Sendo assim, um lucro exorbitante ou absurdo, causaria na mesma proporção prejuízos do mesmo tamanho em alguma outra contrapartida. Estás são máximas indiscútiveis: (1) Não há regulação de lucro (portanto não há limites a ganancia). (2) Não existe lucro sem prejuízo.

Bem, vamos a um exemplo: Quem impedirá que gravadoras musicais, impeçam o acesso de produções artisticas aqueles de menos renda em virtude de seus valores intermediários e lucrativos? Ninguém. A produção de um artista, que hoje pode ser distribuido sem custo algum do processo de distribuição (pela internet) passa pela mão de uma gravadora cujo objetivo único é lucrar (se fosse distribuir o conteúdo, estaria inventando formas novas de distribuir e não maneiras novas de cobrar e impedir a distribuição livre), imputando ao consumidor final um preço irreal do conteúdo distribuído. Como nossa primeira máxima diz que não há nenhum tipo de regulação para a margem de lucro de uma gravadora. O preço imposto por ela será intocável. Por mais injusto que seja. O que poderá conferir a obra um status social e a dificuldade de acesso de muitos a aquele tipo de arte, confirmando nossa segunda máxima.

O que isso tem a ver com pirataria? Tudo. Porque não há leis que regulem o mercado capitalista essa regulação vem de forma natural e expontanea. Surge ai o ponto de re-equilibrio para a industria capitalista, do entretenimento por exemplo, a pirataria. Ela diz para o mercado que o povo não admite os preços e taxas aplicados. Ela conduz uma reestruturação da industria, a novos métodos, novas taxas, novas formas de atuação e consequentemente, menos lucro. Como numa cadeia de eventos, toda vez que temos muita fumaça, temos menos mosquitos. Quanto mais pirataria, menor o lucro das grandes empresas que teimarem em permanecer do jeito que estão. Ou teimarem em manter suas altas possibilidades de lucro. A pirataria também demonstrou que o mercado está cada vez mais globalizado e cheio de clientes em potencial. Mas que não estão dispostos a pagar preços abusivos ou injustos. Há muito lucro a disposição da industria, entretanto está fragmentado. O recado da pirataria é que quanto mais o mundo se globaliza, mais chances uma empresa tem de lucrar com menos porcentagem de lucro sobre um único produto.

Portanto está aqui a minha preocupação com esta onda de “justiça” cavalgante da industria do entretenimento em destruir os marcos da pirataria como MegaUpload, The PirateBay, e etc... Por pior que sejam, os piratas, mesmo com um olho aberto e outro tapado enxergaram que havia alguma coisa errada e ainda são a melhor ferramenta que temos como regulação deste mercado promiscuo e ganancioso. E não temos outra ainda. Acredito que a sociedade só deve permitir ações concretas contra a pirataria se pensar nestes aspectos e buscar alguma solução legal e regulamentativa. Digo “sociedade” porque?

O Filósofo Michael Sandel propõe que se a maioria das pessoas acha comum baixar arquivos da internet, e fazem isso sem culpa, então alguma coisa esta errada com a lei. Sim, a lei é arquitetada pelo povo num regime democrático. E esta sendo estranhamente confrontada com uma realidade onde a maioria de nós se habituou a uma prática comum e que praticamente não pode ser evitada ou punida pelo volume imenso de pessoas que a praticam. Num caso como esse, caberia a sociedade rever suas leis e descobrir o que é que está errado com a lei.

E o que está errado é o seguinte: O Lucro tomou conta dos ideais humanos. Isso é o que move a industria e a pirataria. E mesmo os que dizem não estar roubando conteúdos , por não estar lucrando com eles, fazem parte da trupe da pirataria sim. Trupe essa que até mesmo eu me incluo, muitas vezes por puro costume e falta de percepção, de algo que se tornou comum para nós. As leis precisam ser revistas mesmo. A pirataria precisa ter fim e o lucro livre também. Abaixo Jolly Roger, abaixo Big Apple.

quinta-feira, janeiro 05, 2012

Criados Para Criar


Uma das perguntas mais básicas que uma criança faz logo que entra em contato com o conceito de Deus é sobre Suas (de Deus) origens e engrenagens de funcionamento. Como uma criança pode se atrever a fazer a maior de todas as perguntas?! Pergunta esta que nós adultos imediatamente descartamos pelo assentimento de nossas limitações em compreender o infinito e ilimitado Divino. Porém, nosso desejo de adentrar nos detalhes do infindo, permanece lá.

A autora americana Ellen White adiciona a esta informação a ideia de que em toda a eternidade nossa mente estará envolvida na tentativa de compreender a Deus. Uma busca que parece, provavelmente, sem fim. Entretanto ninguém arrisca uma resposta contundente sobre este tema sem desgastar sua própria credibilidade. No entanto, nosso desejo de adentrar nos detalhes do infindo Deus, permanecerá em nós, mesmo na eternidade.

Por outro lado, Deus parece dar claras demonstrações do Seu interesse em Se revelar a nós. E, por incrível que pareça, não há forma melhor de entender isto do que olhando para nós mesmos.

Não, não somos Deus. Nem formas menores de divindades. Mas o texto bíblico confirma que fomos criados a Imagem e Semelhança de Deus (Gn 1:27). E estes atributos não são os atributos físicos do Criador. São Suas caracteristicas essênciais. Veja bem, na intenção de dividir o que Ele é,Deus decide criar o homem com os mesmos atributos que Ele tem. Vida, liberdade e virtudes. Deus pode viver, nós também. Deus é livre e nós também. Deus ama e nós também podemos amar. E estas duas últimas características são na verdade a própria essência da vida. Afinal, o que é viver se não usar nossa liberdade, utilizando nesta liberdade, as virtudes que temos e somos?

Confirme estas verdades analisando como se processa o castigo em nossa realidade. Um dos maiores medos do ser humano, depois da morte é a clausura. É por isso que prendemos em cadeias os que infringem as leis. Não há modo pior de tratar um ser humano, ou de fazê-lo sofrer/pagar/refletir, do que tirarmos dele os seus atributos mais primários de liberdade e virtude. Numa cela solitária da cadeia, não há liberdade, nem a possibilidade de uso das virtudes na vida prática. Não se pode interagir com ninguém, e para tornar as coisas ainda piores, não há nada para se fazer. Essa é a morte em vida. Não é atoa que a tememos. É a punição máxima antes da morte. E se pensarmos bem, é o próprio conceito da morte em ação. Afinal, o que é a morte se não o fim da oportunidade de usar nossas virtudes livremente?

Se um ser humano for posto em um ambiente vazio, sem luz, sem cor, sem cheiro, sem tempo, sem nada. Qual será seu primeiro impulso? Qual será seu primeiro desejo? Criar! Agir (materializar uma virtude). Não é por acaso que as maiores expressões humanas (virtudes) são as mais criativas. E a expressão máxima de nossas virtudes vem pelo ato de criação. Por exemplo, todo romântico é criativo. Porque as melhores formas de expressar o amor são aquelas que somatizam e sumarizam o sentimento de alguém de maneira nova, inédita, única! Mas e se alguém não for criativo o suficiente para expressar o amor? Então aceitamos o seu esforço. Porque indica que aquela pessoa está usando ao máximo as virtudes que tem (mesmo limitadas e pouco desenvolvidas) e está expressando sinceramente o que sente com tudo o que tem. E isso sempre será único, visto que cada pessoa é diferente.

Por isso os artistas são tão bem reputados e valiosos em todas as culturas. Estes são os que conseguem expressar da melhor maneira o que são lá dentro. Utilizando as suas virtudes e habilidades dadas por Deus para expressar o que são e estão. Por isso quadros custam caro, há muito mais do que tinta ali, há virtude. Dai o porque de chamarmos os melhores artistas de Virtuosos.

Portanto, recebemos de Deus as dádivas que Ele mesmo abriga desde os tempos eternos. Recebemos liberdade e fomos habilitados por Deus com virtudes para usarmos esta liberdade. E assim como Ele, expressamos a vida por meio da criação. Nossas criações. Nossas próprias e individuais criações, originadas em nossas virtudes e pavimentadas pela liberdade que a nós é garantida.

Cada escolha, cada pensamento novo, ou lembrança toma vida e existência por meio de nossas experiências pessoais. Sem a minha presença, jamais existiriam os meus pensamentos e as minha lembranças, assim como minhas ações. Sou eu que dou vida a tudo isto. Posso criar conceitos, objetos, ferramentas e até outro ser humano que se assemelha a mim (filhos). Como Deus fez.

Lembre-se agora do que confere valor as coisas: Raridade e frequência. Quanto mais frequente ou comum é uma coisa, menos valor ela terá (banana). Quanto mais raro, mais valor esta coisa tem (diamante). O comércio sistematizou este conceito com uma das mais famosas leis, a da oferta e da procura. Quanto maior a oferta menor o preço, quanto maior a procura, maior o preço.

Se parar para pensar, somos uma pessoa num mundo com 7 Bilhões de pessoas, num planeta ao redor de outros 8, em um sistema solar no meio de 100 Bilhões de sistemas dentro da minha única galáxia. Que uma galáxia das 500 Bilhões que o Universo, no mínimo, contém. Eu não sou nada! Não tenho nada! Não valho nada!

No entanto, tudo o que eu crio é único em todo o Universo. Ninguém pensa como eu penso, lembra do que eu lembro, aje como eu ajo e tem ao menos a mesma digital que eu tenho. Não divido meu código DNA com ninguém e a minha mente é única. Isso me confere muito valor.

Por isso Deus ama os louvores (expressão artística, músical, literária e etc.). Porque cada louvor é uma expressão original, única, e verdadeira, de alguém. É o ser sendo posto em franca produção, utilizando suas virtudes e liberdade para criação de algo que dará a honra devida a Deus. Algo sempre novo e inédito. Não que Ele precise disso, um simples choro de um bebê (sinal de vida) é o suficiente para honrar o Criador da vida. Mas nossos louvores, nossas formas de adoração são atos perfeitos de criaturas criadas para criar.

Veja mais um exemplo prático: O melhor presente que um pai ou uma mãe pode receber não advém de qualquer objeto de valor. Mas de qualquer ato criativo do filho no qual ele expresse por meio de suas virtudes, e em liberdade aquilo que ele sente por seus pais. Alguns pais dizem que nem um presente é necessário, basta ve-los em crescente desenvolvimento. Entendeu?

Fica óbvio, que fomos criados para criar.

Criados a imagem e semelhança do Criador.

Por que?

Porque Tão certo quanto nós tentaremos entender a Deus pela eternidade, hoje mesmo há quem O tente decifrar. E é por isso que Ele resolveu criar uma raça a Sua imagem e semelhança. Uma tentiva de Se detalhar, Se abrir, Se fazer decifrar, Se entregar a uma relação mais intima com suas criaturas. E mesmo com a natureza caída, ainda é possível ver os atributos de Deus na humanidade. E quando restaurada, a miniatura criada, permanecerá sendo uma forma detalhada de revelação de quem Deus é, como já o é hoje aos outros seres do Universo.

Para se explicar, se revelar, se detalhar, Deus criou a humanidade.

Cada um com os seus atributos particulares, dividindo assim uma mesma origem. Todos somos capazes de amar, criar e ser livres. Mas nossas habilidades e virtudes são diferentes para que cada um seja diferente e crie de maneira diferente. Não fomos criados para a uniformidade. Fomos criados para a eternidade. E a eternidade livre é o próprio principio do infinito. Se eu posso ir pra qualquer direção tendo todo o tempo do mundo, isso é o infinito.

E ao mesmo tempo que temos todos diferentes virtudes, partilhamos de uma mesma origem, de mesmos atributos, de um mesmo Deus. Sendo assim, ao olharmos para a humanidade é possível ver um retrato pixelado de Deus. É como se Deus para se detalhar tenha criado uma multidão de fragmentos de Sí mesmo para explicar a uma criatura incapaz de olhar o infinito como um todo. O relato da criação em Gn 1:27 diz que a imagem de Deus está no homem e na mulher. Se considerarmos as abissais diferenças entre um e outro, perceberemos que a expressão de ambas em um único ser seria de uma compreensão intangível para nós. Assim Ele separa a “força” da “doçura” no homem e na mulher. Sua imagem e semelhança não está em um de nós, mas em todos nós. Mas isso não quer dizer que eu sou Deus e a humanidade junta é Deus. Quer apenas de dizer, que na minha infinita pequenez, posso me parecer com Ele. Quer dizer que ao olhar para a Humanidade será possível ver a imagem e semelhança de Deus. Quer dizer que uma das razões de Deus ter criado o homem é Se explicar ao Universo. Quer dizer que a maior de todas as perguntas já começou a ser respondida, em nós.

sexta-feira, dezembro 09, 2011

É Possível Ser Feliz Sem Deus?





Essa é uma pergunta profunda que muitos cristãos responderiam rapidamente com um profuso e sonoro: Não!

Mas ai cabe a reflexão: Ninguém pode ser feliz sem Deus?

Se esse é o caso, então o “Deus da liberdade”, o instituidor do Livre-Arbítrio pode não ser tão libertário como parece. Uma vez que condiciona a Sí mesmo a existência do bem.

E se for assim, todo ateu tem o direito de pensar que ou os cristãos estão errados em pensar assim de Deus, ou este Deus cristão é injusto mesmo, se é que existe.

Afinal de contas,

Se eu não posso ser feliz sem Deus, então não sou livre realmente.

Se a única possíbilidade para minha felicidade, reside em Deus, então eu nunca fui livre, visto que fui criado para ser feliz. Sinto essa necessidade em mim, e vejo a mesma em todos os seres humanos. E se só me foi conferido um único caminho para alcançar esse objetivo, na verdade nunca me foi conferida a liberdade plena.

Exatamente.

Então Deus me confere o Livre-Arbítrio desde que... eu fique do lado dEle?

Hum... Quase!

Pense no que é Deus e portanto o que estar ao lado dEle significa.

Deus é amor!

Criou a humanidade com intuito de dividir a vida que havia nEle desde sempre.

Arrumou para Sí mesmo um problema, que cuja solução terminaria Consigo em uma cruz.

Deus é amor!

Portanto é a representação perfeita e plena do bem!

Qualquer caminho diferente desse não poderá se chamar “bom”.

Porquê o “bem”, o amor e todas as suas variações e formas já estão presentes em Deus.

Portanto, o outro caminho possível é o da maldade.

Caminho esse que é sim, recompensador.

É sim atrativo.

É sim poderoso.

Você encontra as mesmas realidades de uma vida no bem, em um caminho mal.

Muitas vezes mais fortes, mais intensas e até mais duradouras.

Pense, por exemplo, em como seria facil para você ser humano, deixar fluir a sua natureza.

Se não houvesse nenhum tipo de repressão moral.

Se o Hedonismo tão desejável se tornasse a norma natural a ser seguida.

Se toda maldade pudesse ser cometida...

Eu garanto para você, haveria sim gozo no seu coração.

Liberdade plena!

No entanto, lembre-se agora que você não está sozinho no universo.

Se a você for conferida a capacidade de realizar a maldade que lhe aprouver,

Como será quando os outros intentarem o mesmo contra você?

Haveria medo.

Raiva não reprimida.

Ódio corroendo livremente.

Vingança tomada pelas mãos.

Ai está o problema, a maldade é um sistema de vida que se auto-destroi.

A felicidade do gozo no coração cedo ou tarde será substituido pelo medo.

Não da justiça.

Mas da liberdade plena do outro.

É por isso que a Liberdade Plena não é bem-vinda no Universo de Deus.

Embore Ele a esteja tolerando por um período de tempo.

Ela será extinguida, apenas na prática.

E com ela os que a ela aderiram.

Os que acreditam que é possível ser feliz sem Deus.

Por isso, a liberdade plena é uma ilusão que Deus rejeita.

Para que a própria Liberdade não se transforme no veículo de nossa opressão.

Liberdade de verdade é sempre dirigida.

E dirigida pelo “bem”.

Pelo bem, que é Deus.